quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Resenha | Pode Beijar a Noiva

Emma Van Court era uma verdadeira dama londrina... Até decidir se casar com seu amado Stuart e fugir para uma pequena aldeia na Escócia. Abandonada pela família e dedicada a ajudar os mais pobres, Emma sofre a perda de seu marido pouco depois da fuga. Mas a morte de Stuart teve circunstâncias duvidosas, que são reveladas aos poucos ao longo da história. Depois do ocorrido, ela está para receber uma fortuna, que só poderá ser entregue a ela quando se casar novamente. Imediatamente, ela é sufocada por uma fila de pretendentes gananciosos.

O livro é escrito por Patrícia Cabot, pseudônimo da best-seller Meg Cabot.

Para quem já conhece o trabalho da autora, será um prazer a parte embarcar nessa história do século XIX. Pode Beijar a Noiva foi um dos primeiros livros publicados de Meg, ainda nos anos 90, e é possível perceber como sua escrita amadureceu com o tempo e como, desde sempre o dom para literatura esteve com ela. É um enredo leve, salpicado com o humor característico de Cabot, apesar de ainda estar um pouco tímido comparado a segurança depois de mais de 70 publicações. 

A autora escancara a personagem principal dando o tom certo entre a donzela londrina e uma mulher forte e independente, como a maioria de suas protagonistas. Nesse romance histórico, não poderia faltar um bom amor impossível. Depois da morte de Stuart, o primo ricaço (e maravilhoso) do falecido chega à pequena aldeia e descobre sobre a prometida herança. Seria ele o único capaz de enfrentar o poderoso conde local que está insistentemente, e até perigosamente, atrás de Emma?  Mas o curioso é que Meg não deixa sua protagonista viver totalmente como uma donzela indefesa. Apesar de James, o primo de Stuart, ser sua tábua de salvação, Emma permanece como o centro da narrativa. 

Enquanto isso, James também não encarna um príncipe dos contos de fadas. Ele e Emma se conhecem desde a infância e ele está longe de ser descrito por ela com grandes qualidades. Enquanto a jovem quer ajudar o mais desfavorecidos, James se mostra um homem pouco generoso. E Meg novamente surpreende, pois a transição do personagem acontece de forma sutil. Ao poucos o leitor se encanta com James, sem tirar dele a acidez de quem poderia até viver um vilão. Mas também sem poupá-lo de uma transformação em prol do amor. 

Como num clássico do romance, os dois protagonistas transitam entre o amor e o ódio durante toda a trama, o que proporciona ao leitor momentos divertidíssimos, com uma leveza presente em tudo que Meg escreve. Um livro que vale a pena! Para aqueles que não conhecem a autora, é um bom começo, o caminho pelas obras mais recentes será uma grata surpresa. Para aqueles que já conhecem e já se apaixonaram por Meg, vale ver a simplicidade das primeiras publicações. 

Larissa Pereira

Nenhum comentário:

Postar um comentário